segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

RESGATANDO A FAMÍLIA

Referência: Gênesis 14.12-16

INTRODUÇÃO:

Vivemos num tempo onde as famílias são constantemente assediadas, encurraladas, atacadas de todos os lados com conceitos e argumentos que visam aprisioná-las em um mundo de perdição, enganos, fantasias, mentiras, e idéias desprovidas da verdadeira intimidade e comunhão com o Único, Verdadeiro e Eterno Deus.

Presenciamos uma geração onde os valores que regem os laços familiares, estão sendo aprisionados. Mentes estão sendo cauterizadas. Corações estão sendo enganados por uma falsa felicidade, que no fim gera destruição e morte. Há uma conspiração maligna contra a família. Um exército que se opõe ao lar – o celeiro e o centro de formação da vida.

Sem dúvida, o inimigo tem investido pesadamente contra a mais importante estrutura da sociedade que é a família. Estrategicamente ele sabe que a mesma sendo atacada, aprisionada, desestruturada, a sociedade será profundamente afetada, como temos visto em nossos dias.

O que temos visto?

Cônjuges em verdadeiros cativeiros emocionais, considerando o divórcio como solução para os seus problemas. Lares se tornando verdadeiras prisões em função do medo e da violência. Filhos assediados por todos os lados, carentes de referenciais de vida. Vemos constantes investidas contra o nosso lar e contra aqueles que têm o nosso sangue. É uma guerra de argumentos; De valores; De princípios; De referencias; De importâncias. Há uma investida para saquear, roubar a vida piedosa, graciosa e santa diante de Deus e dos homens.

Precisamos lutar pela família! E isso começa dentro do nosso convívio íntimo.

Vejamos:

Deus disse para Abraão: “em ti serão benditas todas as famílias da terra”. Muitas vezes queremos ser benção de Deus para todas as famílias de terra, mas, a primeira família para a qual precisamos ser benção é a nossa. A primeira família pela qual devemos lutar é a nossa. Não adianta você lutar para ganhar todas as famílias da terra e perder a sua. Isso é incoerência... É loucura...

Conforme a Bíblia, Ló era sobrinho de Abraão, porém, ele tinha uma representatividade familiar bem maior no coração do mesmo. Ló havia perdido seu pai (Ele falecera em Harã), e por outro lado Abraão não podia gerar filhos, em função da esterilidade de sua mulher. Então, Abraão adota Ló e o recebe como a um filho. Sua intenção, ao trazer seu sobrinho consigo, era fazer dele um herdeiro. Ou seja, havia um vinculo família muito forte.

Abraão investiu em Ló. Ló tinha o sangue de Abraão. Porém, a bíblia diz que Ló se apartou de Abraão (Conf. Gn. 13.14). Houve uma ruptura. Houve uma quebra de valores. Houve uma distância. Na primeira discussão relatada vem discurso: “Vou seguir meu caminho”.

Quantas famílias hoje estão sendo dilaceradas por causa da distância. Quantos casamentos sofrendo rupturas, onde os cônjuges, muitas vezes, vivem distantes um do outro, morando debaixo do mesmo teto. Pais e filhos, irmãos, parentes, separados, distantes. Há uma distância familiar. A aproximação, o estar junto, a intimidade, o relacionamento, está no cativeiro. É preciso resgatar a intimidade, a aproximação... Quebrar a frieza relacional e partir para um novo tempo.

Logo após a separação diz a Bíblia que Abraão é encontrado desanimado e triste (15). Ou seja, a separação adiantou alguma coisa? Trouxe alguma alegria? Trouxe alívio? Devemos aprender que a separação nunca será solução. Abraão ficou abalado, angustiado e triste. Por outro lado, Ló ao se apartar de Abraão, achou que estava fazendo a coisa certa e indo para o caminho certo (Campina do Jordão), mas o seu destino foi Sodoma. A separação trouxe embaraços e não soluções. Trouxe tristeza e não alegrias...

Talvez o que você precisa fazer é justamente lutar para resgatar seus laços familiares! Talvez um renovo conjugal, familiar, caseiro? Resgatar é religar, re-conectar, renovar, restabelecer, restaurar. Eu creio que o Espírito da Graça de Deus está sobre a sua casa hoje promovendo resgate daquilo que um dia se perdeu; Que foi saqueado. Creia! A unção do Senhor está liberada para ser um bálsamo de restauração para sua família.

Agora, por que houve uma distância, por que houve uma ruptura dos laços familiares de Abraão? Por causa de um conflito. De um desentendimento. Ló se apartou por que os seus pastores estavam tendo contenda com os pastores de Abraão.

Quantas famílias sofrendo por causa do espírito de Ló. Que abre mão no primeiro conflito. Que prefere seguir seu caminho a manter à aliança mesmo que isso custe um alto preço de renuncia.

Uma grande verdade que eu revejo aqui, é que conflitos familiares sempre existirão. Porém, a forma como lido com eles determinará meu sucesso pessoal e familiar. Conflitos sempre existirão, mas não podemos deixá-los serem desculpas para uma separação.

Lembro-me quando, em uma ocasião, fiz uma palestra sobre resolução de conflitos, e ao indagar sobre quem não enfrenta conflitos no casamento, uma distinta idosa levantou a mão. No momento brinquei falando que ela era uma vitoriosa, uma raríssima exceção. Até lhe perguntei: Conte-nos o segredo da senhora. Ao que respondeu franca e diretamente: “Sou viúva a dez anos”.


O fato é que todos nós enfrentaremos conflitos em nossa convivência familiar diária. E a nobreza do amor está justamente em permanecer amando mesmo diante dos maiores conflitos.

Onde está então o nosso erro? Nosso erro está em ver os conflitos como sinais negativos, e quando isso acontece escancara-se uma brecha para que a amargura, o ressentimento e a dureza de coração se instalem. Precisamos entender que conflitos fazem parte do pacote responsável pelo nosso amadurecimento e crescimento pessoal. Conflitos forjam o nosso ser. Tornam-nos melhores se assim quisermos. A bíblia descreve: “foi bem ter passado pela aflição para que eu aprendesse os teus decretos”. Quando eu passo pelo conflito e pela aflição eu posso aprender os decretos. Ou seja, conflitos são professores na escola chamada família.

Abraão mostrou o quanto era família quando decidiu levar consigo a Ló. Ele disse: “Vem comigo...”. Contudo, Ló demonstrou egoísmo, quando se viu diante da primeira oportunidade de se apartar. Ele podia muito bem falar: “Eu não me separo...”. “Eu tenho uma aliança contigo e não vou quebrá-la”. Mas não... E, principalmente desta forma.

Aqui aprendo que os conflitos geralmente têm como raiz predominante o egoísmo. Brigamos por causa “do que é meu”. “Meu rebanho, meus pastores, minhas coisas, meu carro, minha roupa”. Por causa “do que eu quero (Campinas)”. É o meu e o eu. Se nós queremos uma vida familiar melhor precisamos parar de pensar no “meu” e no “eu” para pensar mais no “nosso”. Ló pensou no eu, e isso gerou uma conseqüência drástica.

Diz a Bíblia que ele, juntamente com esposa, filhos e bens foram levados cativos numa determina guerra pelo domínio político econômico de uma determinada região (Conf. Gn. 14). É justamente aqui que aprendemos com Abraão princípios sobre resgatar a família. O que ele fez? O que aprendemos com ele sobre o que fazer para resgatar os valores, a significância e a harmonia familiar?

DESENVOLVIMENTO:

A princípio é engraçado que a Bíblia relata o confronto de duas coalizões de reinados opostas. O primeiro bloco de nações era aquele dos 04 reis mesopotâmios do oriente (14:1). Quedorlaomer, rei de Elão (atual Irã), parece ter sido o “líder”. (cf. Gênesis 10.10). A segunda aliança era composta de 05 reis, incluindo os reis de Sodoma e Gomorra (14:2) onde Ló tinha ido morar. Era uma guerra fruto de uma rebelião e que envolvia uma disputa pelo controle político econômico internacional. Era uma guerra de cinco reis contra quatro. E nessa guerra os quatro reis venceram os cinco. E com isso Ló foi levado cativo.

O detalhe, porém, é que quando Abraão ficou sabendo que Ló, seu sobrinho, estava preso, ele não hesitou para levantar um staff de 318 soldados dos mais experientes, e planejar uma estratégia de resgate daqueles a quem ele considerava sua família.

Ou seja, Abraão não tinha nada a ver com aquela guerra. Mas a partir do momento que o seu sobrinho estava preso por um desses reis, a história mudou completamente. Ele simplesmente se considerou parte daquela guerra. O que o motivou a entrar na peleja foi ouvir que Ló havia sido preso por um desses reis. Não foi o interesse pelo poder. E por isso ele não teve medo de se arriscar por amor a Ló. Ele não teve medo de sacrificar por causa de um familiar. Ele não teve medo de enfrentar uma guerra para resgatar um familiar com sua respectiva família.

Ele estava dizendo o mesmo que: “Tocou na minha família tocou em mim. Isso significa que eu estou no mesmo barco. A tua briga é a minha briga e a tua dor é minha dor, se não te amam, não me amam também”.

Abraão enfrentou 04 reis e seus exércitos para resgatar seus familiares. Abraão não desistiu da sua família. Ele brigou com toda sua força. Não teve medo de se arriscar. Se nós queremos resgatar a nossa casa... Se nós queremos a resgatar o bem estar da nossa família devemos está dispostos a brigar por ela e não contra ela.

Por outro lado, Abraão podia muito bem dizer: “Quis se apartar... Viu no que deu. Agora sofra as conseqüências neném”. Mas Abraão não fez isso! Ou seja, ele não focou o erro de Ló, mas a importância do mesmo.

Para resgatar você tem que parar de olhar para o erro do outro. Ló havia errado, tomando uma decisão inconseqüente, mas Abraão não estava olhando para o erro de seu sobrinho. Muitas prisões em relacionamentos familiares surgem por que há um foco no defeito e não nas qualidades. Muitas vezes não se resgata por que não tem como resgatar a família olhando para os erros que a mesma cometeu.

O pressuposto desse conceito é que todos nós erramos. Não existe ninguém perfeito. Abraão demonstrou amor mesmo diante da imperfeição. Se nós queremos resgatar devemos está dispostos a perdoar o erro que cometeram contra nós. O amor deve ser algo incondicional. E quando ele é colocado em prática arranca a vantagem do maligno.

Quem sabe, você não tenha que perdoa um familiar ou parente teu para que você possa resgatá-lo?!

O que Abraão fez foi demonstrar um coração reconciliador. Nosso maior problema é sempre esperarmos que o outro faça alguma coisa - Ele errou, ele que se vire -, quando na verdade nós é que devemos fazer. Promover reconciliação demonstra atitude interior sensata.

Abraão simplesmente se posicionou como família e não como alguém que um dia foi ferido. O que falta para muitos é se posicionar. Ele não focou o erro de Ló no momento de tomar a decisão de resgatá-lo muito menos depois dela. Ele não disse depois de resgatá-lo: “Seu sem vergonha, eu só fui te resgatar por que você tem meu sangue, mas você não merecia não viu. Lembre-se que foi você quem se apartou de mim. Você quem errou, tomando aquela decisão. Se você tivesse ficado comigo isso não teria acontecido”. Ou seja, Abraão não ficou jogando na cara o erro de Ló.

Pra resgatar Abraão não focou o erro de Ló, mas a importância de Ló.

Pra resgatar teu casamento...
Pra resgatar teu filho...
Pra resgatar teus parentes...
Pra resgatar a harmonia do lar...
Pra resgatar o verdadeiro significado da palavra família...

Mantenha o foco na importância e não nos defeitos e erros.

Por fim, a bíblia diz que após voltar de ferir Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei (17). E o rei de Sodoma faz uma proposta (21): “Dá-me as pessoas, e os bens ficarão contigo”. Olha o que Abraão respondeu (22): “Levanto a mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o que possui os céus e a terra, (23) e juro que nada tomarei de tudo o que te pertence, nem um fio, nem uma correia de sandália, para que não digas: eu enriqueci a Abraão”. Ele diz no verso (24): “Nada quero para mim”. Ou seja, Abraão lutou por Ló sem querer nada em troca. O que ele fez foi por amor e não por alguma garantia.

Escute isso: Você não vê Abraão reclamando direitos, mas cumprindo deveres como familia. É como se Abraão estivesse falando: “É meu dever lutar pelo meu sobrinho”. Se existe uma instituição onde os deveres estão à frente dos direitos, a primeira é a família. Repito: “a família é a primeira instituição onde os deveres estão à frente dos direitos”.

Em I Cor. 7.3 o apóstolo Paulo diz algo sobre isso com contexto conjugal: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também semelhantemente a esposa ao seu marido”. Ou seja, marido, conceda/cumpra o seu dever para com a sua esposa e vice-versa. Direito é o fruto, deveres é a semente. Se não houver sementes não haverá frutos. O problema é quando o marido ou a esposa reclamam os direitos sendo que eles não cumprem com seus deveres. Isso é uma máxima para todos os aspectos relacionais.

Se nós queremos resgatar a nossa família, devemos fazê-lo sem querer nada em troca. Por outro lado, não quero ser hipócrita de falar que não devemos ter expectativas quanto ao fruto. Contudo, estas expectativas devem revelar motivações corretas. Estou falando de pessoas que falam: “Eu só faço isso, se você fizer aquilo”. Ou seja, impõe regrar para se obter lucros.

Se nós queremos resgatar a nossa família, devemos entender que a recompensa é fruto do dever cumprindo. Eu não resgato impondo condições. Eu tenho que dar o meu melhor e pronto. Abraão deu o seu melhor por que era a sua família. E por isso ela foi resgatada. Se você der o seu melhor certamente haverá resgate e seu coração com certeza vai descansar melhor.

CONCLUSÃO:

Ló foi resgatado e continuou sua vida lá em Sodoma. Até que um dia a ira do Senhor se manifestou contra a depravação moral que havia em Sodoma e Gomorra. Deus então anunciou a destruição dessas duas cidades. E Ló estava lá.

Mas sabe o que aconteceu? Mais uma vez Abraão foi um canal de Deus para o resgate do seu familiar. Diz a bíblia que o mesmo intercedeu depois de saber pelo próprio Senhor que as cidades seriam destruídas. Então a bíblia diz o seguinte (cf. Gn. 19.29): “Ao tempo que destruía as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló no meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara”.

Preste atenção: se arriscar, deixar de olhar os defeitos, muito menos cumprir com o seu dever não é nada se não houver intercessão. O maior resgate é aquele que você faz com os joelhos dobrados, diante de Deus. Perceba que o intercessor sempre é lembrado: diz o verso: lembrou-se Deus de Abraão Engraçado que o texto não diz que Deus se lembrou de Ló, mas Deus se lembrou de Abraão.

Saiba disto: Se você não desistir de interceder por sua família, Deus sempre se lembrará de você, e por isso, a sua família sempre será um memorial diante Dele.

Esteja certo disto!

Seu irmão,
H. S. Lima

sábado, 16 de janeiro de 2010

A FAMÍLIA É A BASE DA SOCIEDADE, MAS QUEM É A BASE DA FAMÍLIA?

A Constituição da República Federativa do Brasil afirma no artigo 226: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. Ou seja, ela é – pelo menos é o que se espera – a estrutura principal que mantém a sociedade “erguida”. O fundamento estabelecido por Deus para a sustentação e o instrumento para o equilíbrio social. O alicerce sem o qual nossa sociedade se transforma num amontoado de tijolos.

Isto é um conceito universal, imutável e amplamente aceito.

O que não se pode aceitar é o descaso em relação a tudo isso. O Estado que deveria proteger, ou melhor, proteger de uma forma especial, tem desconstruído a sociedade a partir de uma completa indiferença às necessidades básicas da família. Pouco se faz, ou quase nada, para se blindar os valores que regem a sociedade. A política que deveria ser – e tenho esperança que se torne – exercida para o bem, acaba sendo pela maioria, praticada com um olho no poder e outro no que é conveniente. É lógico, e preciso mencionar a exceção de alguns nobres homens, como o Exmo. Sr. Senador Magno Malta que tem feito diferença nesta nação. Isto me faz lembrar uma frase que ouvi certo dia: “Coloque poder nas mãos de um homem, e você verá quem ele é”. Sejamos sinceros: o que àqueles que estão no poder – digo sua esmagadora maioria - fazem para proteger os valores da família?

Os ditos formadores de opiniões, por sua vez, têm sido os grandes incentivadores desta desconstrução. Só pode ser em nome da “grana”! Basta um mínimo de inteligência, olhar para a grande mídia, e tirar tais conclusões. O tempo na TV, por exemplo, que poderia ser gasto até o último segundo para influenciar positivamente é inutilizado com propagandas medíocres, com mensagens promiscuas, que deixaram de ser subliminares a muito tempo. A coisa hoje é escancarada! Querem subverter os valores fundamentais em detrimento do negócio. Vender um produto, promovendo a prostituição, como no infeliz caso das havaianas, onde a triste cena, pasmem, mostra uma velhinha incitando uma adolescente a praticar sexo irresponsável com um camarada. Detalhe: a adolescente era a própria neta. Lembra? Nos noticiários, 90% - fiz questão de calcular – abordam com todo profissionalismo, morte, tragédia, corrupção, miséria, traição, prostituição, roubo, e ainda dão certo espaço para os escândalos dos famosos. Isso sem contar, obviamente, com as novelas da vida e suas tramas tendenciosas, exploradoras de idéias venenosas tais como o divórcio, adultério, sexo à vontade, troca de casais, filhos contra pais, traições escancaradas, e por ai vai. E o que dizer da internet? Basta um “enter” para divulgar uma mentira, promover uma queda, e despertar o ódio. Será que esse é o caminho? Poxa, “peraí”! Acredito que poderiam aproveitar melhor os meios de comunicação. Chega! Não aceito tanta promoção da desesperança.

Por outro lado, vivemos dias onde se supervaloriza afetos, e muito se banaliza a moralidade. Fala-se que o importante é amar, no entanto, pouco se fala da responsabilidade que o amor exige. O amor é responsável, assim como a afetividade não me dá o direito de ferir princípios e valores que regem a conduta do ser humano. Ou seja, há uma falsa moralidade escancarada nas ruas querendo considerar comum aquilo que é abominável. É a tentativa de estabelecer um padrão de valores infinitamente distante da dignidade humana. É a moda do hedonismo, que despreza a moralidade à custa do prazer imediato e individual como conduta de vida, rejeitando tudo o que possa ser desagradável. É a indiferença macabra em relação ao seu próximo. É a cauterização da mente e a entrega suicida aos prazeres do eu que considera idiota aquele que procura ser correto. O apóstolo Paulo afirmou em Romanos 1.25: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servido a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! E ainda completa a partir do verso 28: E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Em provérbios 22.18 a bíblia também diz algo muito interessante para os nossos dias: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais”. Ou seja, não arranque os valores e princípios que foram construídos ao longo da vida, e no seio familiar. A geração de hoje, em nome de uma falsa liberdade, tem a tendência de ignorar os ensinamentos de ontem. Rejeitar os conselhos daqueles que viveram para poder falar. Não se podem removê-los, ou melhor, é preciso resgatá-los. Reconstruí-los na nossa sociedade, pois a família sempre foi e sempre será à base. Você pode até me achar arcaico, ainda que eu tenha meus trinta e um, mas essa é mais pura verdade. Existem valores absolutos que precisam ser protegidos.

Sendo assim, devemos reconstruir os valores, não somente segundo o que a família representa para o meio em que vivemos, mas conforme o que ela deve significar para cada indivíduo. Acredito que “família” não é apenas a base da sociedade. Ela é à base da vida que compõe a sociedade, e, portanto, a base do nosso ser. Ora, se a família é à base da sociedade, e primariamente base do nosso ser, qual será, então, à base da família?

A resposta a esta pergunta está no preâmbulo da própria Constituição Federativa da República do Brasil. Isso mesmo! Lá no início da Constituição e bem no final do texto, onde vemos O FUNDAMENTO e a FONTE da família. AQUELE que não só o Estado, como todos precisam valorizar, e que nos dá uma consciência transformada para sermos de fato a base firme da sociedade. Somente aderindo aos Seus valores, cultivando Sua Palavra, vivendo segundo o Seu amor e debaixo de Sua proteção, nossa sociedade estará no caminho certo para viver abundantemente.

Ou seja, a família é à base da sociedade, mas nunca podemos esquecer que só Deus, em Cristo Jesus, é à base da família.

Que abençoe o seu lar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

OS NOTÁVEIS DA TERRA


Sobre a terra existe uma classe de homens distintos. Trata-se de um grupo de pessoas extraordinárias das quais o mundo não é digno, mas que certamente necessita. Homens e mulheres capazes de gastar própria a vida. Heróis anônimos que o mundo cruel, na maioria das vezes, não reconhece.

Eles não são mega-empresários, políticos, nem famosos de TV. Não são pessoas milionárias, cientistas renomados, nem estrelas do esporte. São mais do que isto! Eles são chamados de "Os notáveis".

São pessoas dignas de apreço. Destacadas por méritos. Consideradas ilustres. Homens e mulheres de profunda honra. Memoráveis cidadãos. Príncipes do Reino.

Eles sabem que a recompensa deles não se resume a esta vida. Contudo, esmeram-se com o objetivo de honrá-la. São pessoas que celebram a existência, mas que acima de tudo, cumprem o propósito pelo qual existem.

Tantas vezes são perseguidos, injustamente caluniados. Muitos deles morrem proclamando suas convicções. São espetáculos ao mundo. Tantos se tornaram mártires da causa maior, cujo sangue clama até os dias de hoje. Eles suportam até fim!

São os notáveis! Verdadeiros heróis deste mundo! Valentes como a leoa parida, fortes como o boi selvagem, contudo, tão simples como as pombas.

São herdeiros de uma pátria maior, preparada exclusivamente pra eles. São os notáveis!

Sim, e quem são eles?

Saiba você, que os notáveis são os “santos” que há na terra. Isto mesmo! Os santos, que pela graça eterna, tornam este mundo melhor.

São pessoas separadas, destinadas a eternidade. Canais por onde milagres acontecem. Homens e mulheres movidos pela fé, e, por isso, rompedores de limites. São chamados de loucos. Santos “birutas” incompreendidos pelos homens, mas amados por Deus, a Quem devotam a vida, por amor eterno.

Próximos do céu, mas não distantes dos homens, são peregrinos e passageiros na terra. Apaixonados pela vida. Proclamadores da salvação. Quando se apresentam é impossível não notá-los! Pessoas que deixam um rastro de glória por onde passam. Que incomodam os de coração impuro, e inspiram os de alma humilde. Eles decidiram viver uma máxima suprema: serem santos como Deus é.

Suas divisas ministeriais são reconhecidas no mundo celestial. São guerreiros espirituais que impõe respeito ao mais terrível demônio, pois não falam por si, mas no nome Daquele que os alistou: No Nome de Jesus.

Não se promovem. Não buscam glória. Não amam o pecado. Não são religiosos. Não são movidos por necessidades, mas são supridos pelo “Eterno”.

Aliás, o “Eterno” os amam! Sim, são preciosidades para o Criador! Homens e mulheres por quem o Senhor tem todo o prazer. Ou seja, a alegria plena do Todo Poderoso. Motivos de espaçosos sorrisos na Face de Deus. Certeza da satisfação total no coração do Pai.

Saiba disto e o Nosso Deus já afirmou: “Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis, nos quais tenho todo o meu prazer” (Salmos 16.3).

Acredite! Deus quer o encher o planeta de pessoas santas. Encontrei com uma delas hoje pela manhã e fui constrangido a está mais perto do Senhor.

Foi por isso que escrevi estas poucas palavras. Para certamente te desafiar a fazer o mesmo. Você quer?

H. S. Lima