terça-feira, 26 de julho de 2011

SANTIFICADOS NA VERDADE # Parte 03

Finalizando...

A “Santificação na Verdade” é um princípio que nos conecta a um “propósito”, mas não nos mantém num “mosteiro”. Infelizmente, alguns pensam que a prática da santificação deve, com o triste pretexto de não nos contaminar, manter-nos isolados das pessoas e do mundo.

Concordo, obviamente, que a “santificação na verdade” exige um período de intensa preparação, assim como Jesus o fez em Mateus 04 e freqüentemente fazia conforme os evangelhos. Entretanto, também acredito que sua prática nos impulsiona veementemente ao nosso propósito e deve nos levar a fazer o mesmo. A pergunta, por conseguinte, é: Somos “santificados na verdade” pra quê?

Bem, na oração sacerdotal Jesus deixou claro, conforme descrevi nos posts anteriores, que os que são “santificados na verdade” também são odiados pelo mundo, bem como guardados pelo mal que existe nele. Mas também há algo a mais quanto a isto. Jesus também disse: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo”.

Ou seja, Jesus pede a Deus que nos “santifique na verdade” para que sejamos aptos a cumprir nosso propósito na terra. Da mesma forma como Jesus foi enviado ao mundo, somos por Ele enviados para o mesmo. Este “enviar” é a nossa “missão”, que significa que não estamos aqui por acaso.

Assim, o mundo que nos odeia é o mesmo para o qual somos comissionados (Ler evangelho de Marcos cap. 16, verso 16 até o 18). E o que muitos ignoram é o fato de que este ódio só espalha onde o bem não é exercido. Para tanto, nosso mundo, país, cidade, bairro, quadra, rua, família, é sem dúvida alguma, grandes campos missionários a espera do todos nós.

Isto significa que precisamos “ir”, não para sermos influenciados pelo mundo como muitos se permitem, mas para transformá-lo pela renovação da nossa mente. Nossa missão é “ir” de encontro às pessoas, não para nos tornar como elas, mas para influenciá-las a serem semelhantes a Cristo.

Pensemos nisto e sejamos respostas da oração feita pelo nosso Salvador. E, portanto, não tenhamos medo das reações nada amistosas do mundo, creiamos na proteção soberana do Senhor, e aceitemos o desafio de sermos lançados ao mundo para fazermos a total diferença.

O que você está esperando?

Que você seja “santificado na verdade”, e que sua vida não seja mais a mesma.

Que Deus te abençoe!

Em Cristo,

H. S. Lima

quinta-feira, 14 de julho de 2011

SANTIFICADOS NA VERDADE # Parte 02

Continuando...

A oração sacerdotal de Jesus é realmente esplendida!

Além de nos sinalizar que sendo “santificados na verdade” seremos odiados pelo mundo, uma vez que somos seres de outro universo, nosso Salvador deixa claro outra grande verdade, por meio de outro grande pedido: “Não peço que os tire do mundo, mas que os guarde do mal” (15).

Ora, para muitos seria bem melhor sermos logo tirados deste mundo, considerando que somos odiados por ele, o que em minha opinião não passa de um pensamento covarde. Mas não é este o pedido de Jesus. Ele não nos isenta de enfrentarmos o ódio, mas clama para que sejamos preservados do conseqüente mal. Ele prevê retaliações, mas também vislumbra a ação dos anjos. Ele consegue enxergar o mal, mas pede pelo nosso bem.

De fato não é fácil enfrentar o ódio, mas pior ainda fugir dele como se estivéssemos desamparados. Viver sem a perspectiva do sobrenatural é frustrante. Não discernir os anjos que, tantas vezes, Deus enviar para nos livrar do mal é desesperador. Triste é peregrinar neste mundo, sem a convicção de que a soberana mão de Deus está sobre nós, não para nos subjugar e nos punir, mas para nos proteger e direcionar.

Por outro lado, existe outro mal, que não é aquele que nos é imputado como resultado de quem nós somos e de Quem pertencemos. É aquele que, penetrando em nossa alma nos envenena. É quando solapados pelo ódio, permitimos que o mal, assim com uma erva daninha, brote do nosso interior e nos levar a agir contrário a tudo aquilo que Jesus nos ensinou. Acredito que Ele estava pedindo para que fossemos protegidos também deste mal, que não diz respeito ao que fazem contra nós, mas ao mal que permitimos nascer dentro de nós. Ou seja, Ele queria nos dar uma perspectiva da plena proteção Divina.

Sem dúvida, Deus deseja nos livrar do mal em nosso volta, mas também nos guardar do mal em nós. O que nos resta então? Crer. Sim, crer que Ele esta ao nosso lado nesta jornada da vida, mas também está em nós por meio do Seu Espírito. Somente cultivando esta perspectiva, poderemos caminhar corajosamente neste mundo sem medo do ódio que existe nele.

Assim, somente desta forma, estaremos aptos a corresponder, conforme descrito na esplendida oração sacerdotal, ao próximo pedido quanto àqueles que são, para a glória de Deus, santificados na verdade. Este é o último que pretendo compartilhar. Aguarde!

Continua...

Em Cristo que nos protege,

Hugo S. Lima

sexta-feira, 8 de julho de 2011

SANTIFICADOS NA VERDADE

Parte 01

A oração sacerdotal de Jesus (Ver João 17) é, sem dúvida alguma, uma das mais fantásticas expressões de comunhão entre o Deus Filho com o Deus Pai.

Trata-se de uma oração que marca a chegada do cumprimento salvífico, e de um novo ciclo na implantação do Reino de Deus entre os homens. Na fantástica e profunda intercessão, Jesus clamou por seus discípulos e por aqueles que creriam Nele por meio da Palavra de Deus, ou seja, Ele clamou por nós, Ele clamou por você.

Quando o fez, entre outras questões, Jesus tratou sobre a “Santificação na Verdade”: “Santifica-os na verdade”. E ao tratar especificamente deste tema, Ele deixa claro algumas lições profundas para todos nós.

Primeiro, o Salvador nos diz que os discípulos não agradaram ao mundo – sistema regido por homens sem Deus –, como também ocorrerá conosco, uma vez santificados na verdade. Ele soltou: “... E o mundo os odiou”. Sim, esta é a palavra usada por Jesus: Odiar. Forte, não?! Mas a pura expressão do que existe nas entranhas do mundo, uma vez que o mesmo jaz no maligno.

Este ódio foi e é manifesto de várias formas, seja por meio de perseguições mortais ou por tentativas de desmoralização. Foram inúmeros os que morreram em nome da Fé, ou foram profundamente perseguidos ao longo da história. Bem, naquele tempo já existia a “cristãofobia”, o que persiste explicitamente até os dias atuais, e que sem dúvida alguma, continuará existindo até a volta do salvador.

Ao falar que o mundo odiou aqueles que foram santificados na verdade, Jesus completou seu argumento falando que isto aconteceu por que estes, apesar de estarem no mundo, não pertenciam a ele. “O mundo os odiou, por que eles não são do mundo”.

Sim, não somos deste mundo sem Deus! Se realmente somos santificados na verdade, não pertencemos a ele. Estamos expostos ao que existe no nele, mas eternamente amparados pela graça que vem do céu. Na prática significa que nossos valores não são deste mundo, e nosso destino final não é ele.

Desta forma, nossa resposta ao ódio que existe no mundo não deve ser com a mesma moeda. Se o mundo odeia nossos valores, o que temos para ele não é menos do que a graça inefável do amor insubstituível e incalculável do Criador de todas as coisas.

Portanto, é perca de tempo nos preocupar se estamos agradando ou não o mundo com a mensagem que levamos conosco. O que precisamos fazer é continuar levando-a com coragem e determinação. Pois, quem é santificado na verdade sabe que o amor não é egoísta, nem ao menos irresponsável, o que significa que não deixamos de amar as pessoas que estão no mundo, apesar de não concordarmos com o que elas fazem.

Continua...

Com amor,

H. S. Lima