sábado, 16 de janeiro de 2010

A FAMÍLIA É A BASE DA SOCIEDADE, MAS QUEM É A BASE DA FAMÍLIA?

A Constituição da República Federativa do Brasil afirma no artigo 226: “A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado”. Ou seja, ela é – pelo menos é o que se espera – a estrutura principal que mantém a sociedade “erguida”. O fundamento estabelecido por Deus para a sustentação e o instrumento para o equilíbrio social. O alicerce sem o qual nossa sociedade se transforma num amontoado de tijolos.

Isto é um conceito universal, imutável e amplamente aceito.

O que não se pode aceitar é o descaso em relação a tudo isso. O Estado que deveria proteger, ou melhor, proteger de uma forma especial, tem desconstruído a sociedade a partir de uma completa indiferença às necessidades básicas da família. Pouco se faz, ou quase nada, para se blindar os valores que regem a sociedade. A política que deveria ser – e tenho esperança que se torne – exercida para o bem, acaba sendo pela maioria, praticada com um olho no poder e outro no que é conveniente. É lógico, e preciso mencionar a exceção de alguns nobres homens, como o Exmo. Sr. Senador Magno Malta que tem feito diferença nesta nação. Isto me faz lembrar uma frase que ouvi certo dia: “Coloque poder nas mãos de um homem, e você verá quem ele é”. Sejamos sinceros: o que àqueles que estão no poder – digo sua esmagadora maioria - fazem para proteger os valores da família?

Os ditos formadores de opiniões, por sua vez, têm sido os grandes incentivadores desta desconstrução. Só pode ser em nome da “grana”! Basta um mínimo de inteligência, olhar para a grande mídia, e tirar tais conclusões. O tempo na TV, por exemplo, que poderia ser gasto até o último segundo para influenciar positivamente é inutilizado com propagandas medíocres, com mensagens promiscuas, que deixaram de ser subliminares a muito tempo. A coisa hoje é escancarada! Querem subverter os valores fundamentais em detrimento do negócio. Vender um produto, promovendo a prostituição, como no infeliz caso das havaianas, onde a triste cena, pasmem, mostra uma velhinha incitando uma adolescente a praticar sexo irresponsável com um camarada. Detalhe: a adolescente era a própria neta. Lembra? Nos noticiários, 90% - fiz questão de calcular – abordam com todo profissionalismo, morte, tragédia, corrupção, miséria, traição, prostituição, roubo, e ainda dão certo espaço para os escândalos dos famosos. Isso sem contar, obviamente, com as novelas da vida e suas tramas tendenciosas, exploradoras de idéias venenosas tais como o divórcio, adultério, sexo à vontade, troca de casais, filhos contra pais, traições escancaradas, e por ai vai. E o que dizer da internet? Basta um “enter” para divulgar uma mentira, promover uma queda, e despertar o ódio. Será que esse é o caminho? Poxa, “peraí”! Acredito que poderiam aproveitar melhor os meios de comunicação. Chega! Não aceito tanta promoção da desesperança.

Por outro lado, vivemos dias onde se supervaloriza afetos, e muito se banaliza a moralidade. Fala-se que o importante é amar, no entanto, pouco se fala da responsabilidade que o amor exige. O amor é responsável, assim como a afetividade não me dá o direito de ferir princípios e valores que regem a conduta do ser humano. Ou seja, há uma falsa moralidade escancarada nas ruas querendo considerar comum aquilo que é abominável. É a tentativa de estabelecer um padrão de valores infinitamente distante da dignidade humana. É a moda do hedonismo, que despreza a moralidade à custa do prazer imediato e individual como conduta de vida, rejeitando tudo o que possa ser desagradável. É a indiferença macabra em relação ao seu próximo. É a cauterização da mente e a entrega suicida aos prazeres do eu que considera idiota aquele que procura ser correto. O apóstolo Paulo afirmou em Romanos 1.25: “pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servido a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! E ainda completa a partir do verso 28: E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.

Em provérbios 22.18 a bíblia também diz algo muito interessante para os nossos dias: “Não removas os marcos antigos que puseram teus pais”. Ou seja, não arranque os valores e princípios que foram construídos ao longo da vida, e no seio familiar. A geração de hoje, em nome de uma falsa liberdade, tem a tendência de ignorar os ensinamentos de ontem. Rejeitar os conselhos daqueles que viveram para poder falar. Não se podem removê-los, ou melhor, é preciso resgatá-los. Reconstruí-los na nossa sociedade, pois a família sempre foi e sempre será à base. Você pode até me achar arcaico, ainda que eu tenha meus trinta e um, mas essa é mais pura verdade. Existem valores absolutos que precisam ser protegidos.

Sendo assim, devemos reconstruir os valores, não somente segundo o que a família representa para o meio em que vivemos, mas conforme o que ela deve significar para cada indivíduo. Acredito que “família” não é apenas a base da sociedade. Ela é à base da vida que compõe a sociedade, e, portanto, a base do nosso ser. Ora, se a família é à base da sociedade, e primariamente base do nosso ser, qual será, então, à base da família?

A resposta a esta pergunta está no preâmbulo da própria Constituição Federativa da República do Brasil. Isso mesmo! Lá no início da Constituição e bem no final do texto, onde vemos O FUNDAMENTO e a FONTE da família. AQUELE que não só o Estado, como todos precisam valorizar, e que nos dá uma consciência transformada para sermos de fato a base firme da sociedade. Somente aderindo aos Seus valores, cultivando Sua Palavra, vivendo segundo o Seu amor e debaixo de Sua proteção, nossa sociedade estará no caminho certo para viver abundantemente.

Ou seja, a família é à base da sociedade, mas nunca podemos esquecer que só Deus, em Cristo Jesus, é à base da família.

Que abençoe o seu lar.

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