domingo, 7 de fevereiro de 2010

O ENCONTRO

Lucas 7.11-17
018-010
H. S. Lima

I. Introdução:
O texto que lemos revela duas multidões literalmente antagônicas, distintas, diferentes. Duas realidades completamente opostas. Uma saía da cidade chamada Naim, a outra entrava na mesma cidade. A que entrava tinha Jesus à frente, a que saia tinha uma viúva que acabara de perder o único filho – O que representava uma catástrofe pessoal sem comparações.

Naquele tempo já era muito difícil ser viúva, quanto mais perder seu filho, ou melhor, seu único filho, a quem certamente aquela viúva depositara grandes expectativas. Ou seja, ela estava no seu limite, no extremo da vida, na fronteira do desespero.

Ao olharmos para o texto, não é difícil percebermos a diferença entre estas duas multidões! Basta uma pequena observação para constatarmos que...

Uma multidão revelava a vida, outra a morte;
Uma revelava o desespero, outra a esperança;
Uma revelava o luto, a outra a celebração;
Uma revelava a perca, a outra o ganho;
Uma revelava uma perspectiva humana e impotente,
A outra revelava a perspectiva divina e soberana.

Ambas estavam caminhando.

Uma com destino ao fim de todas as coisas;
A outra com destino ao inicio da eternidade ao lado de Deus;
Uma caminhava com a dor latente na alma;
A outra com Jesus Cristo de Nazaré – Aquele que cura todas as feridas.

Caminhar significa trajetória de vida. A trajetória de vida de muitos aqui talvez tenha sido, até o dia de hoje, marcada por feridas na alma. Talvez a trajetória do casamento, da família, da carreira profissional, do ministério; Talvez a trajetória da fé, dos sonhos, tenha sido marcada por frustrações e percas. Como também, sua trajetória de vida tenha sido até o presente momento, marcada pelo desejo de viver a plenitude da presença de Jesus. Você segue a Jesus ansiando viver Sua vontade, Suas promessas, Seu amor.

Não tenham dúvidas, amados irmãos, de uma grande verdade: Estas multidões têm muito haver com muitos de nós. E, por isso, as perguntas, hoje são as seguintes: Qual das duas multidões revela a tua realidade? O atual momento da tua vida expressa qual das duas multidões? Você está caminhando para onde? Qual milagre você precisa? Onde Deus precisa trabalhar em sua casa? Que dor precisa ser arrancada da tua vida?

Estas multidões têm muito haver com muitos, e, apesar das diferenças entre elas, algo maravilhoso aconteceu: As duas multidões se encontraram. Estamos falando de duas multidões que viviam realidades completamente distintas e que se encontraram. Sua mudança de vida depende de um encontro transformador. Hoje você está diante da maior oportunidade da tua vida de ter um encontro que vai mudar totalmente a sua vida.

II. Desenvolvimento:

E neste maravilhoso encontro aprendemos lições que podem mudar nossa caminhada, nossa trajetória, nosso destino, nossa vida...

1. No encontro das duas multidões a dor foi percebida e consolada (13).

A primeira verdade está no verso de número 13 onde afirma: “Vendo-a, o Senhor se compadeceu dela e lhe disse: Não chores!”. Ou seja, no encontro das duas multidões a dor não passou despercebida. A aflição não foi ignorada. O choro não foi esquecido.
Quantas vezes lidamos com tragédias na vida e achamos que ninguém percebe a dimensão da nossa dor. Parece, aos nossos olhos, que ninguém compreende o tamanho da nossa aflição. Enfrentamos crises e parece não ter ninguém para compreender nossa situação. E aí tendemos a dizer: “Só eu sei a dor que estou sentindo”.

De fato, o ser humano muitas vezes não compreende as lutas da alma. Só sabe a dor de uma perda, aquele que perdeu. Só sabe a dor de um filho nas drogas, aquele que o tem. Só sabe a dor da depressão aquele que foi sucumbido por ela. Só sabe a dor de uma crise financeira aquele que a enfrenta. Só sabe a luta contra um vicio aquele que luta contra ele. Só sabe a dor do vazio na alma, aquele que o vive. Só sabe a dimensão verdadeira da dor, aquele que a está sentindo.

Agora, o verso afirma algo poderoso. Ele começa afirmando que Jesus a viu. Ou seja, não é somente você que sabe o tamanho da dor que está sentindo. As pessoas em sua volta podem até não ter a dimensão do que você está enfrentando, mas Deus sabe!
A tua dor não está oculta aos olhos de Jesus. Ele está vendo as lágrimas da tua alma. Ele sabe a dimensão da tua angustia. Ele sabe a batalha que você está travando.

Nós só compreenderemos a alma humana segundo a ótica de Jesus. Diz o verso: Vendo-a Jesus. Jesus está ter vendo. E o verso continua: “compadeceu-se dela e lhe disse não chores”. Em outras palavras, Jesus não só viu como sentiu a dor dela. Ele se compadeceu. Ele compreendeu. E compreendendo ele consolou. Ele apaziguou a alma aflita. Ele disse: “Não chores”. O homem pode te consolar, mas nada que o homem faça trará mais alivio e cura para sua vida, quanto o consolo e a presença de Jesus.
Ele não condena, não julga, não massacra. Mas Ele vê, compreende e consola.

Hoje, Ele está dizendo a você: “Não chores, eu estou contigo”. Jesus te vê, te compreende e te consola, contudo, não pense você que Jesus se limitou na agir somente desta forma. Não! Não para por aqui!

2. No encontro das duas multidões parou-se a caminhada marcada pela tristeza (14)

O verso 14 continua dizendo: “Chegando-se, tocou o esquife e, parando os que o conduziam”. Ou seja, Jesus não só viu a dor da perda na vida daquela mulher, mas Ele fez a caminhada de luto, de choro, de dor, de tristeza, parar. Ele cessou a jornada de tristeza. Ele parou a multidão de lamentos.

Isto nos ensina que podemos até enfrentar lutas, batalhas, dificuldades, dores, mas elas têm que parar. Jesus deseja colocar um “fim” na dor. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.

Ou seja, as dores da sua alma e lutas em sua volta, não serão eternas a não ser que você queira. Elas não são permanentes. Elas têm um fim. Por quê? Por que Jesus sempre estará disposto a parar qualquer problema na tua vida.

O texto nos ensina como Jesus parou: Ele se achegou e tocou o esquife. Ora, esquife era um instrumento que simbolizava o luto. O perfeito símbolo da dor. Ou seja, antes de parar o cortejo, Jesus teve que tocar no esquife. Tocar no esquife é tocar na dor, na ferida, para então cessar a dor. Muitas vezes Jesus tem que tocar na ferida, para tratar com ela. E muitas vezes as dores não param por que você não deixou Jesus tocar.

Você não expôs suas feridas ao toque da graça. Você não deixou Jesus entrar no quarto escuro da tua alma, para fazer uma limpeza geral. Você não deixou que Jesus tocasse no seu esquife. Você não deixou a virtude do amor de Jesus prevalecer à dor da sua alma.

Escute isso: Deixe Jesus tocar em você nesta noite. Para parar a trajetória de luto Jesus quer tocar na sua vida. Deixe-O tocar.

Quantos querem que Jesus toque no mais profundo do seu ser, e pare toda dor? Abra seu coração para isso.

3. No encontro das duas multidões uma palavra de poder foi ordenada (14)

Logo em seguida, ainda no verso 14 vemos algo transformador: “E, parando os que o conduziam, disse: Jovem, eu te mando: Levanta-te!” Em meio à dor, no encontro das duas multidões, foi ordenada uma Palavra de Poder.

A terapia de Jesus foi com a Palavra. O milagre de Jesus nasceu com a Palavra. A vitória sobre a dor foi com a arma da Palavra. Você precisa da Palavra de poder liberada. No meio do vale é preciso se ouvir eco da Palavra.

A bíblia diz: Cri, por isto falei. E ainda diz: Se tiverdes fé do tamanho de uma mostarda, direis a este monte, erga-te e lança-te ao mar, e isto vos sucederá e nada vos será impossível.

Certa vez num aconselhamento pastoral eu orientava uma pessoa a se aproximar de Jesus, depois de ouvi-la há bastante tempo, até que ela me disse: “Pastor, o senhor não sabe o que estou passando”. Eu lhe respondi: “Realmente eu não sei o que você está passando, mas sei o que estou dizendo”.

Ou seja, no momento da dor não é momento para reclamar, ou questionar Deus como se Ele fosse culpado por nossas imprudências. É o momento de declarar a Palavra. Se você está passando pelo vale da sombra da morte, declare a Palavra. E a Palavra de poder vai gerar vida e transformação genuína. O apóstolo Paulo disse: A Palavra de Deus é poder para todo aquele que Nela crê. Só que é preciso crer, mas também declarar.

4. No encontro das duas multidões o que se perdeu foi restituído (15)

Logo a seguir vemos algo maravilhoso. O verso 15 declara: “Sentou-se o que estivera morto e passou a falar; e Jesus o restituiu a sua mãe”. Ou seja, no encontro das duas multidões o que se perdeu foi restituído. O que estava deitado voltou a sentar-se e o que estava sem vida passou a falar.

Aquela mãe perdera a alegria, a paz, a fé, a esperança, mas Jesus trouxe restituição. Quantas situações ao longo da vida você perdeu? Quantos sonhos deixaram de existir? Talvez, o seu potencial foi enterrado. Sua alegria foi roubada. Sua fé foi tragada na tempestade da vida. Talvez, você perdeu seus sonhos profissionais e empresariais. Talvez, o seu próprio ministério foi perdido, ou o seu casamento foi destruído. Talvez, seu relacionamento familiar precisa de uma restituição...

Sinceramente, eu não sei o que você perdeu, mas sei o que você pode ganhar novamente. Pense por um instante o que foi, pois creio que haverá restituição.
Você precisa saber que existem restituições terrenas, mas existem restituições que você terá na eternidade.

Escute bem: Jesus pode e quer restituir o que você perdeu!

5. No encontro das duas multidões a dor deu lugar ao testemunho (16-17)

Por fim, o verso 16 e 17 conclui dizendo: “Todos ficaram possuídos de temor e glorificaram a Deus, dizendo: Grande profeta se levantou entre nós; e, Deus visitou o seu povo. 17 esta notícia a respeito dele divulgou-se por toda a Judéia e por toda a circunvizinhança”. Sabe o que isto significa? Que a dor do luto transformou-se num testemunho de glória. No encontro das duas multidões a dor deu lugar à glorificação e ao temor. Por causa daquela experiência, incrédulos passaram a dar glórias a Deus. A multidão conduzida pelo cortejo reconheceu a visitação de Deus. A fama do feito de Jesus foi divulgada em toda cidade e fora dela. O choro deu lugar à celebração.

É fato que todos nós enfrentamos lutas na vida. Lidamos com gigantes. Encaramos desafios. Resistimos à dor. Contudo, todas as situações, por mais terríveis que sejam, carregam consigo, a oportunidade de um grande testemunho.

Escute isto, e eu quero profetizar sobre a sua vida: “A tristeza que você enfrenta hoje pode ser o testemunho de vitória amanhã. Tudo depende como você vai reagir”.

Vemos isto quando o povo de Deus estava saindo do Egito depois de 430 anos de escravidão. O exército inimigo decidiu perseguir. O povo estava num beco sem saída. Não havia aparente escape. Todo o sonho de liberdade parecia ruir diante de todos. Até que Deus dá uma ordem a Moisés: “Coloque o pé no mar e ordene o povo que marche”! Tratava-se de um momento profundamente desafiador, mas Moisés e o povo obedeceram. O que Deus fez? Abriu o mar para que eles passassem a seco. Os inimigos vieram atrás e quando todo o povo de Israel passou, Deus fechou o mar e destruiu todos os inimigos. Eles enfrentaram a dificuldade e a perseguição, mas diz o livro de Êxodo, no capítulo 15 que do outro lado do mar vermelho Deus colocou um cântico de vitória nos lábios de Moisés. Houve festa, danças e um testemunho de vitória.
Jesus disse, e tenho repetido constantemente este verso: “Vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria” (João 16.20).

Hoje, Jesus não só esta vendo sua dor, nem ao menos fazendo cessar a caminhada marcada pelo choro. Ele está fazendo algo além do que liberar Sua Palavra, e restituir aquilo que você perdeu. Ele está fazendo tudo isso gerar um testemunho de vitória na sua vida. Jesus Cristo quer colocar um testemunho de glória na sua boca. Se prepare, pois creio que será isso o que acontecerá.

Você deseja viver está promessa?

III. Conclusão:

Para que você viva este princípio é preciso um passo em direção a Jesus. Assim como aquela mulher juntamente com aquela multidão, tiveram um encontro com Jesus, hoje Deus quer promover um encontro para mudar definitivamente a tua história. Deus escolheu este dia para que a sua multidão tenha um encontro com a multidão de Jesus. Deus escolheu este dia, para que você, assim como aquela mulher tenha um encontro com Jesus Cristo de Nazaré. Para isso, você precisa tirar todas as preocupações, dores, lamentos, de dentro do seu coração e convidar Jesus para entrar Nele.
Faça isso, tire agora a angustia do seu coração, coloque a dor de lado, arranque está preocupação de dentro de você e convide agora Jesus para entrar na sua vida. Convide Ele para assumir o lugar do vazio e da dor.

Abra seu coração para recebê-Lo como seu Salvador. Este é o momento para você ter um encontro com Ele. Este é um momento para sua vida ser transformada...

Que Deus te abençoe!
H. S. Lima

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