terça-feira, 15 de junho de 2010

HOMENS DIGNOS DE HONRA

“Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como esse” (Filipenses 2.29)

O verso acima é uma recomendação apostólica para o povo de Filipenses. Trata-se de um protocolo cuja finalidade é honrar homens como Epafrodito. Primeiro, o verso aponta para a forma como este deveria ser recebido: Não com tristeza ou apatia, mas com grande celebração. Segundo, é estabelecido um padrão modelo sobre como tratar homens como ele: “Honrai sempre homens como este”. Ou seja, homens com o calibre de Epafrodito deveriam, e devem ser honrados em todas as ocasiões.

O que é honra?

Trata-se de um princípio de conduta pessoal baseado na ética, na honestidade, na coragem, na dignidade, no respeito, na pureza, na virtude e na relevância. Ter honra é ter relevância. Ser honrado é ter nossa conduta pessoal reconhecida, acima de tudo, diante de Deus.

Foi justamente por isto que Paulo recomenda aos Filipenses receber Epafrodito “no Senhor”. Desta forma, o apóstolo estava sinalizando para os Filipenses que aquele homem merecia a honra dos homens, mas que acima de tudo era reconhecido por ter a honra do “Criador”. Na prática, significa dizer que desonrar um homem como Epafrodito, é como desonrar o próprio Deus.

Partindo deste pressuposto fiquei pensando no que este homem fez para ser merecedor de tamanha honra. Após analisar o contexto cheguei a algumas conclusões:

1.Epafrodito foi alguém digno de profunda confiança (Vr. 25).

Tal confiança foi conquistada! Ele provou ser irmão, cooperador e companheiro de lutas. Com certeza, não era um traidor movido pelo egoísmo, mas um irmão movido pelo amor. Não era um aproveitador, mas alguém que sempre estava disposto a cumprir seu dever e estender suas mãos para ajudar. Não era um desertor que deixava seu companheiro para trás no front da batalha, mas alguém que estava ao lado nos momentos mais difíceis.

Sem dúvida, confiança se conquista com atitudes práticas e verdadeiras, como Epafrodito provou ter. Sua honra era resultados da confiança provada e adquirida ao longo da convivência.

2.Epafrodito foi alguém respaldado pela intervenção de Deus (Vr. 27)

Um homem digno de honra sempre estará ao alcance da misericórdia e da graça de Deus. Ou seja, a honra atrai o favor, e Epafrodito sabia muito bem disto. Ele estava respaldado pela intervenção soberana de Deus que o livrou da enfermidade mortal.

O que quero dizer é que é impossível um homem de honra diante dos homens e principalmente diante Deus, não ser visto pelo próprio Deus. É impossível que aquele que é digno de honra, não experimente em sua trajetória o agir de Deus dando-lhe condições necessárias para ir além de seus limites.

3.Epafrodito foi alguém cuja presença era motivo de profundas alegrias (Vr. 28)

Era um camarada que despertava tristezas e alegrias. Sim! Tristeza quando partia, mas alegria quando chegava (Imagine o contrário). Era uma pessoa que por tamanha honra, simplesmente, deixava imensa saudade.

Certamente, você já se deparou com pessoas que não fazem o mínimo de falta. Eu já vi pessoas cuja ausência trás um grande alívio. Isto é muito chato! Contudo, também constantemente me deparo com pessoas que ao chegarem num determinado lugar trazem consigo harmonia e festa no coração das pessoas. Sem dúvida, uma pessoa de verdadeira honra, assim como Epafrodito, promove alegria e segurança quando são vistas por perto.

4.Epafrodito foi alguém disposto a gastar sua vida por amor a obra de Cristo (Vr. 30)

Por fim, aprendo com este homem que a verdadeira honra nasce quando descobrimos e vivemos nosso propósito. A nossa honra está no nosso propósito! Epafrodito tornou-se digno de tamanha honra, por que acima de tudo dispôs a gastar a própria vida por amor a obra de Deus.

É triste ver tantas pessoas sem honra, por que antes vivem sem propósito, e por viverem assim, acham que a vida gira em torno de suas necessidades. São pessoas que vivem para si. Cegas quanto ao destino de suas vidas, e não dispostas a abrir os próprios olhos. Verdadeiramente, o egoísmo é a maior prova da desonra.

Em contra partida, pensemos: Há maior honra do que está disposto a morrer por amor a Cristo? Há maior honra do que está disposto a gastar-se por uma causa? Há maior honra do que está disposto a ir às portas da morte para suprir a carência do seu próximo? Há maior honra do que se entregar por uma missão?

Com certeza, não!

Sendo assim, é preciso entender que a honra exige sacrifícios, mas não podemos esquecer que ela tem sua recompensa. O homem pode até não valorizar sua conduta, mas com certeza Deus vai te honrar.

Por outro lado, pode até ser que, por circunstâncias desfavoráveis, você considere que esteja vivendo um momento de vergonha, mas tenha também a certeza de algo: A dupla honra que vem de Deus. E com certeza ela virá!

Que Deus possa te abençoar poderosamente!

Que você possa ser digno da honra dos homens, mas acima de tudo, da honra que vem de Deus!

Pense nisto!

Em Cristo que nos honra
Hugo S. Lima

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