quarta-feira, 5 de maio de 2010

IMPLANTANDO A CULTURA DA VALORIZAÇÃO DO VOTO.


Por H. S. Lima

E não vos conformeis com este século, mas transformais-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, Capítulo 12, verso 02. Versão RA.)

Li recentemente um fantástico sermão do pastor batista Martin Luther King, líder do movimento contra a segregação racial na América. No sermão, intitulado “Deixe-nos votar”, King fez um ousado apelo às autoridades da América para que os negros pudessem, como todo cidadão, ter o direito de participar da escolha de seus representantes.

Suas palavras movidas por profunda convicção espiritual, compaixão e anseio por mudanças, foram profeticamente ressoadas como um alerta não só a América, mas ao mundo, tanto daquele tempo, como para os dias de hoje. Isto por que, o voto é constitucionalmente soberano, como fundamentalmente importante para os rumos da sociedade.

O fato, porém, é que em nossos dias, muitos não dão o devido valor a isto! E o interessante é que, paralelo ao tempo de King, os negros não tinham o direito de voto e lutavam pela importância do mesmo, enquanto muitos possuem este direito e ignoram o seu valor. Ou seja, não fazemos do voto uma arma poderosa para o bem comum, e com isto permitimos a proliferação do mal.

Por outro lado, há uma contracultura miserável alimentada por políticos sujos e nefastos. Pra eles nunca foi e não é interessante, assim como naquele tempo, que o cidadão faça bom uso do seu respectivo direito. Eles querem que o mesmo adormeça na ignorância e patine no gelo da omissão, para então, apresentar-se no tempo do pleito, como o “salvador da pátria”.

Nunca vi nem ouvi, por exemplo, em eleições passadas, um candidato fazendo política dizendo: “Não venda seu voto por um telhado, ou punhado de tijolos, ou coisa semelhante”, ou: “Não venda sua instituição, por causa de um lote ou coisas desse gênero”. E por que será? Seria favorável contrariar a possibilidade de amarrar as pessoas ao desejo de obter poder? Tiraria uma oportunidade de conseguir mais votos, mesmo que seja em nome da ignorância ou necessidade, e não da justiça e do direito? Não podemos esquecer que a ignorância é mortal, assim como a necessidade é uma urgência esquecida quando se passa o tempo da conveniência.

Pior ainda é saber que muitos se venderam, e com isto venderam outros! Barganharam o direito de escolha e vivem reclamando daquilo que permitiram. Pessoas que não tiveram um ideal, um objetivo maior, um propósito que valorize a todos. Alguns não se valorizaram. Outros não foram ensinados. Educados. Mentoreados. São pessoas que ficaram a margem não porque venderam o voto, mas por que vendendo o voto, venderam o caráter e escravizaram a consciência.

Por outro lado, votar em branco ou anular o seu direito de voto, pode não parece amoral, contudo, não é também desvalorização do direito de cidadania? Penso que tanto um como o outro promove a omissão e assim como a venda de votos não contribui para a sociedade. Aliás, é valido dizer que muitos não sabem ao menos a diferença entre voto branco ou nulo. O que cada um significa e suas conseqüências?

É preciso valorizar o voto a partir de nossas convicções. O que sonhamos? Qual o perfil do governo que almejamos para o nosso País? Ele teme a Deus? Ele valoriza a família, a moralidade, os princípios que regem a vida? Que sociedade nós daremos aos nossos filhos? Tenho conversado como muitas pessoas e tenho percebido a importância de um amplo debate sobre o assunto. Percebe-se uma desvalorização do exercício da cidadania pelo direito de escolha, pois muitos reclamam do governo, no entanto fomos nós que o colocamos lá.

O que isto significa? Que precisamos mudar! É preciso limpar essa sujeira que ronda nossa sociedade. É preciso implantar nas famílias, nas escolas e faculdades, nas igrejas, nas repartições públicas, nas instituições privadas e filantrópicas, na mídia, no nosso círculo íntimo, e por aí em diante, a cultura da valorização do voto. Pois o problema não é a política, mas os políticos que elegemos e fazem da política uma nojeira. É preciso sensatez e orientação. Convicção e ousadia. Sabedoria e fé para fazermos da nossa cidadania uma arma do bem. Afinal, não acredito que Deus nos deu o direito de cidadãos, para não nos beneficiarmos deste.

Sendo assim, o agora é oportuno, pois o tempo de decisão está bem próximo. Você sabe que implantar uma cultura demora tempo, e é justamente por isso que precisamos implantá-la logo. Isto é uma questão de consciência e um dever de todos! Por isso, é preciso começar hoje, para não reclamarmos amanhã.

Pense nisto e aja logo!

Eu Digo Sim Para a Família e convido você a fazer o mesmo. Vote consciente!

Que Deus te abençoe!

www.simparafamilia.com.br

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